Depois de uma longa jornada repleta de risos, lágrimas, dramas e emoções, “I Love Paraisópolis” chega ao fim. Um trabalho gratificante que me proporcionou um aprendizado enorme como colaborador de texto. Impossível essa sensação de esvaziamento depois do fim, afinal aquela galeria de personagens deixa de fazer parte do seu cotidiano. É como se perdêssemos uns 50 amigos íntimos, que frequentavam nossa casa diariamente.
Vida que segue. É preciso recomeçar e recarregar as baterias, encher novamente os frascos. E, coincidentemente e felizmente, novembro chegou fechando um ciclo e abrindo outro. É hora de teatro, bebê! Duas leituras de dois textos teatrais meus, em datas bem próximas.
O primeiro deles é “Antes que amanheça”, escrito em parceria com meu amigo-irmão, Fellipe Carauta. Na verdade, o argumento é dele. Contribuí com algumas pitadas do meu tempero, mas nem por isso me sinto menos pai. É um texto que muito me orgulha, primeiro pela parceria com Fellipe, que transcende às páginas do texto. Fellipe é meu irmão, meu companheiro de vida e de alma e muito me envaidece conceber mais uma obra com ele. Outro motivo de felicidade é a avant première desse texto ser no “Festival Satyrianas”, festival de teatro maravilhoso, onde tive minha primeira peça encenada. Trata-se da história de duas irmãs, opostas, rivais, distantes, que são obrigadas a passarem uma noite juntas para abocanharem a herança milionária da avó. E nessa noite, que certamente, será a mais longa da vida delas, a partilha vai muito além dos bens materiais e o enorme baú de recordações das duas é aberto, para o bem e para o mal. As personagens serão lidas e interpretadas pelas talentosas Mayara Magri e Martha Meola. E a direção fica por conta de Edgar Benitez. Conto com a presença de todos!